É sempre uma boa altura para levar uma "facada nas costas", ah pois é!
Ao fim de muitos anos pensamos que conhecemos as pessoas, mas pensamos mal, nunca se conhece verdadeiramente ninguém, as pessoas têm uma capacidade infinita de nos surpreenderem, seja pela positiva ou pela negativa.
Faz-me pensar se aquilo que eu achava ser um bom relacionamento não será apenas uma norma social, uma "paz podre".
Tenho-me esforçado por não cometer erros graves que já vi serem cometidos, causadores de algumas mágoas, e tenho conseguido, com sucesso, ao menos orgulho-me disso!
Estou desiludida.
Desiludida com algumas atitudes, com alguma falta de comunicação, ou de frontalidade.
Este Natal é especial, tenho a minha filha maravilhosa para o viver comigo, a quem quero ensinar a gostar do Natal e da sua magia.
Durante o ano fui criando expectativas quanto a este Natal, seria o primeiro com a Jú na família, e eu gostava de ter cá a família reunida na noite da consoada. E apesar de o ter manifestado na minha carta ao Pai Natal, não me parece que vá ver esse pedido satisfeito.
Não estou zangada, estou desiludida.
Quando se trata de ir a casa de outras pessoas vou sempre, umas vezes porque realmente quero, outras por respeito e consideração ao que se estiver a celebrar, mas nunca me baldo. Quando eu convido há sempre uma desculpa esfarrapada. E penso, se as pessoas não estão disponíveis para fazer um agrado porque é que eu continuo a fazer "fretes" de vez em quando? Já não tenho idade para estas M#$&@s!!!!
Vai ser mais ou menos como nos casamentos: "só faz falta quem está!"
Quanto às prendas de Natal, tratarei apenas de comprar e de me preocupar com as minhas. As que devemos comprar para as nossas sobrinhas, desisto, é oficial. O marido que se preocupe em escolher e comprar, o que significa que elas bem podem esperar até à Páscoa, mas isso não é problema meu. Estou farta de que se encare o Natal como uma tarefa, uma época comercial.
E quando me perguntam o que queremos de prendas para a Jú, lol, ela não precisa de prendas caras, não precisa que as pessoas se sintam na obrigação de lhe oferecer presentes porque a época assim o dita, o espírito do Natal não é esse. Mas eu gostava de poder dar à Jú uma noite de Natal com a família toda junta.
Mas sou apenas eu que sou caprichosa, e que tenho mau feitio.