De que serve termos ou sermos amigos, quando estes estão longe, e quando precisam de nós, não estamos ali fisicamente?
Será suficiente, quando se está tão em baixo, saber apenas que esse amigo/a torce por nós e acredita em nós?
E onde entra aquele abraço reconfortante e tantas vezes retemperador que queremos dar, mas que a distância não permite abraçar mesmo mesmo?
E como dar o ombro para que o nosso amigo nele possa chorar até se sentir mais leve e aliviado?
Poderão o telefone e o mail serem veículos alguma vez suficientes? Talvez dependa do tipo de pessoa, do tipo de mágoa. Milhões de vezes atendi o telefone, apenas para ouvir a minha amiga S. chorar para se sentir mais leve, (ainda que agora que está bem, nem sequer me ligue para perguntar se eu estou). Também nunca me esquecerei do efeito que teve em mim quando a minha amiga N. me diz ao telefone, "eu apanho um avião e amanhã estou aí ao pé de ti", não pude deixar que ela o fizesse, mas a forma como o coração dela me disse aquilo, é como se de facto cá tivesse estado ao meu lado no dia seguinte e permanecido até hoje.
Os meus amigos fazem parte da minha vida, vivem no meu coração. São a família que eu pude escolher, e por quem fui escolhida, e sou muito grata por isso!
Talvez para os amigos do coração, a distância geográfica realmente não exista, é como se os sentimentos tivessem uma força e poderes inexplicáveis.
Tantas vezes andamos para a frente, ou remamos contra a maré, porque a força invisível dos nossos amigos nos empurra?
Quantas vezes nos levantamos, simplesmente porque mesmo sem saberem, os nossos amigos nos puxam para cima?
Poderão os meus amigos algum dia terem noção da sua importância na minha vida?
Dizer-lhes que os amo será suficiente?
Será suficiente mostrar ao meu querido N. que estou aqui, que lhe envio pensamentos positivos, que gosto muito dele, que me parte o coração saber que ele não está nada bem? E o que faço àquele abraço que os Km não deixam dar? Será que ele realmente poderá sentir esse calor?
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